sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Capítulo 64

-falei que a família dele é incrível e ele disse que não podia dizer o mesmo-conto
-é mesmo Luan?-meu pai diz alto e ele me olha assustado
-você contou?-pergunta e eu concordo rindo da cara dele
-o que foi?-minha mãe chega com a minha sogra
-não-Luan diz firme, pra eu não contar e eu me calo
-Mel disse que o Luan tem uma família incrível e ele disse que não podia falar o mesmo-meu pai conta e eu dou risada de como ele ficou ainda mais assustado
-Luan-Marizete o repreende
-foi uma brincadeira-ele começa a ficar sem graça enquanto eu me acabo de rir
-realmente, ele falou na brincadeira-digo baixo só pros quatro escutarem-cadê o pretinho?-pergunto sobre o Bê
-foi lá pra sala de jogos
-vou lá e já volto-me aproximo do Luan e tento beija-lo, mas ele está tão puto que não deixa
-não vou te dar amorzinho nenhum-ele diz bolado
-você que sabe-fico na ponta dos pés e beijo sua bochecha
-aceitou fácil de mais-ele me para antes que eu posso ir até o Bê
-só vou ver se o Bernardo quer comer alguma coisa ou quer leite, ele deve tá com fome já
-vou te dá um amorzinho-ele revira os olhos
-quero adotado, não comprado e não me importo se for vira lata, só quero um amorzinho pra chamar de nosso-comemoro
-vou arrumar, prometo-segura meu rosto e me rouba um beijo rápido
-já volto-pisco pra ele e me afasto

Sigo até a sala de jogos e encontro o Bernardo no escorregador, ele não me vê e continua a subir as escadinhas e a escorregar.

-tá cheiroso?-pergunto e ele me olha
-tô-vem correndo até mim e estica o pescoço

Pego ele no colo e dou um leve fungada em seu cangote. Ele se encolhe e eu dou um cheiro de novo, mas dessa vez fico fungando em seu pescoço e ele solta gargalhadas gostosas.

-tá cheiroso mesmo em-me afasto-tá com fome? Quer comer alguma coisa?
-pão com "tumati"-ele diz todo fofo e eu dou risada
-então vamos lá comer pão com "tumati"-imito ele e coloco ele no chão

Saímos da sala em direção a cozinha, mas antes de chegar lá, escuto a campainha tocar e sigo até lá com o Bernardo agarrado a minha mão.

Abro a porta e meus amigos estão ali animados. Bruna como tia babona, já vai entrando e pega o Bernardo no colo.

Cumprimento todo mundo com beijos e abraços de comemoração. Peço pra eles entrarem e ficarem a vontade, assim que eles entram vejo dois carros desconhecidos, pararem quase juntos na frente de casa. Do nada aparece Silvana e a Dulce.

-é os homens de vocês?-pergunto animada
-sim-as duas respondem juntas
-uma toma banho no banheiro aqui em baixo e a outra toma no de cima-aviso-vou esperar aqui pra levar eles lá pra onde estamos-fico parada ao lado delas
-QUERO PÃO COM "TUMATI"-escuto o Bernardo gritar e nós três rimos
-levem eles lá na cozinha, vou dar logo o pão com tomate pro Bernardo, se não ele vai ficar me gritando

Ando até a parte de dentro e agora sim chego na cozinha de boa. Pego um pão francês, coloco vinagrete, pego um prato de plástico e dou pro Bernardo que já esperava em pé, ao meu lado.

-vai lá com seu pai, que ele te dá carne-beijo a bochecha dele e ele sai todo cuidadoso com o prato

Alguns minutos se passam e a Dulce aparece na frente com seu marido. Ele vem todo sem graça, mas quando me vê sorrir, percebe que não é necessário.

-oi, ia ficar chateada se não viesse, só te vi uma vez e foi tão rápido-lavo as mãos e me aproximo dele, o cumprimento com beijo no rosto e um abraço rápido
-fico até sem graça-ele diz envergonhado
-sem graça por quê? Somos todos iguais-dou de ombros-espera o digníssimo da Sil vim e eu vou te levar pra conhecer minha família toda, e você dona Dulce, vá tomar banho-digo mandona e ela olha pro Cícero, marido dela
-pode ir-ele tranquiliza ela
-tô indo-ela pega a bolsa que ele tinha nas costas e sai
-Dulce é toda envergonhada, igual a você, mas oh, fiquem a vontade, sério, somos pessoas normais, em um churrasco normal
-tá bom-ele sorri, dessa vez mais relaxado

Silvana aparece agarrada ao namorido e para ao meu lado.

-prazer-ele solta ela e eu me aproximo lhe dando beijinho no rosto e um abraço rápido
-prazer, eu sou o Júlio-ele diz também sem graça
-acho que a Dulce foi no banheiro aqui em baixo, suba-dou ordem a Sil que sorri e pega a bolsa com o homem dela-não se preocupe, vou levar eles lá pra fora, pra conversar com os homens da casa-pisco pra ela que concorda e sai sorridente
-agora que ela saiu, queria agradecer por ser tão boa pra ela, você e sua família-Júlio diz sem jeito-estamos a anos tentando casar sabe, e agora quando cheguei, ela veio toda emocionada dizendo que você vai aumentar o salário dela e que agora vamos conseguir realizar nossos sonhos
-vocês não casaram ainda por falta de condições?-pergunto na lata
-sim, como decidimos financiar nosso terreno primeiro, essa acabou se tornando nossa prioridade, combinamos de guardar um dinheiro e ir juntando até que conseguíssemos casar, mas infelizmente as coisas não saíram como planejamos e não conseguimos guardar muita coisa, mas agora vai dar certo
-eu não sabia, mas vamos agilizar esse casamento, deixa ela voltar e conversamos sobre isso
-não, ela vai me matar, porque eu falei-ele arregala os olhos
-medo da baixinha é?-pergunto rindo e ele concorda também entrando na onda-bora lá com o pessoal-chamo os dois que me seguem

Me aproximo do Luan e apresento os dois a ele e aos meus amigos que já estavam de fuxico com o meu marido.

Escuto a campainha voltar a tocar e deixo eles ali. Ando até a porta e ao abrir dou de cara com os amigos de trabalho do Luan, Rober e o Well com um monte de sacola de mercado.

Cumprimento todo mundo e os deixo a vontade. Volto pra cozinha, pego a sacola de pão, coloco no braço, pego o vinagrete e sigo até a mesa de fora. Deixo ali em cima e aproveito pra fazer um pãozinho com tomate pra mim.

Entro na conversa das mulheres já palpitando e ali ficamos conversando animadamente.

Silvana aparece na porta de acesso com a minha filha nos braços. Antes que eu possa me aproximar pra pegá-la, minha sogra o faz.

Dulce também aparece e eu a chamo pra sentar conosco já que seu marido, assim como o da Sil, está entretido no papo com os meninos.

Em certo momento da festa, meu pai sai avisando que vai buscar o Miguel no colégio e eu fico ansiosa. Tô com saudade do meu pretinho e só falta ele pra minha tarde estar completa.

Minha Madu depois de longos minutos finalmente vem pro meu colo, ela me olha sorrindo e batendo palmas. Toda a atenção fica nela e o Bernardo que come sem parar, nem se importa.

-Mel-escuto a voz do meu irmão e afilhado me chamando e viro minha cabeça pra olha-lo
-ei rapaz-Luan para ele antes que ele continue seu caminho até mim e ele é carinhoso com o dindo dele, como sempre
-me dá a Madu-Vic pede e eu entrego minha pequena

Vejo o Miguel descer do colo do Luan e me sento de lado na cadeira. Abro meus braços pra ele, que ignora alguma coisa que meu pai dizia e corre até mim.

Assim que ele se encaixa em meus braços, eu me levanto pra abraça-lo mais carinhosamente.

-eu tava com saudade-ele diz todo lindo e eu o aperto mais
-eu estava com mais saudade ainda-beijo seu pescoço e ele se esquiva
-te amo Mel-ele segura meu rosto e fica me olhando carinhosamente
-eu te amo muito mais, muito mais-toco seu nariz com o meu e lhe dou um beijo de esquimó

Agora sim o meu dia está sendo incrível, pois agora sim me sinto completa.

(...)




________________________

♥️♥️♥️

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Capítulo Final

Ele me olha em choque, sem saber o que fazer ou o que falar. Ele acabou de acordar e recebe isso em seu colo, não tenho dúvidas do quanto e...