quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Capítulo 34

Abro o registro do chuveiro e me enfio em baixo da água gelada. Estou tão úmida entre minhas pernas que mesmo envergonhada desço minha mão até minha intimidade e toco meu clitóris inchado.

Apoio uma perna na parede e encosto minha cabeça no vidro do box. Passo a massagear o meu clitóris querendo chegar logo lá e por ter sido bem excitada pelo Luan, não demoro a sentir meu líquido escorrer pelas minhas pernas.

Suspiro profundamente e tiro meus dedos de mim. Continuo com a cabeça apoiada no box do banheiro, até me recuperar do meu orgasmo. Tomo um banho rápido, pego a toalha e enxugo o meu corpo. Vejo uma camiseta do Luan no cesto e pego a mesma na mão, ela está com o cheiro dele, visto sem nem pensar duas vezes e volto pro quarto.

A porta está aberta e por isso consigo ouvir o Luan combinar de se encontrar com ela amanhã. Fecho os meus olhos sentindo lágrimas de medo se formarem ali e respiro fundo, eu tenho que ser forte, não só por mim, mas por nós três.

Me deito na cama, enrolo todo o meu corpo e fecho os olhos pronta pra dormir, eu já tive a minha libertação e eu não quero mais continuar, não agora, não hoje.

Depois de longos minutos adormeço e escuto passos se aproximando da cama. Desperto um pouco dos meus sonhos, mas continuo com a respiração pesada e finjo que estou em um sono profundo.

-droga, esqueci de você-ele diz baixo e isso me parte o coração, não gosto nenhum pouco de ser esquecida-me desculpa-diz um pouco mais alto e eu continuo fingindo que estou dormindo, mas a verdade é que estou completamente acordada

Sinto seu olhar em mim e não vacilo na minha atuação. Sinto a cama pesar um pouco e sua respiração próxima a mim. Ele me dá um selinho que eu não retribuo, ele tenta um beijo e não recebe volta.

Sua boca passeia pelo meu rosto e chega em meu pescoço coberto pelo edredom. Ele me descobre e beija meu ombro e meu pescoço, não consigo sentir nada, estou triste por ter sido esquecida.

Luan parece perceber que não tive reação alguma e se afasta de mim, novamente sinto seu olhar pesar sobre mim e permaneço estável.

-eu sei que está acordada, quando você dorme sua boca fica aberta, me desculpa por te deixar aqui e ter ido atender, eu deveria ter deixado tocar e ter ligado depois, me desculpa mesmo-sua mão toca o meu rosto carinhosamente

Ele novamente se aproxima e me dá um selinho, mas eu continuo sem retribuir.

Escuto ele suspirar enquanto se afasta e aproveite a distância pra ficar de costas pra ele.

Eu só quero dormir e acordar como se nada tivesse acontecido, ou pelo menos tentar, mas parece que não é o que o Luan quer.

Ele me abraça por trás e deixa sua mão em minha barriga, não me movo, apenas deixo que ele o faça, porém ele começa a descer a sua mão, até chegar em minha intimidade e quando percebe que estou sem calcinha, ele solta uma risadinha e tenta me tocar, mas seguro sua mão encerrando a minha atuação.

-eu não quero-afasto sua mão de mim
-por quê?-sua voz soa manhosa
-estou com sono, tudo o que eu quero é dormir
-me deixa pelo menos te dar um orgasmo
-não precisa me dar nada, eu mesmo já me dei
-o quê?-pergunta com a voz mais alta, ele me parece surpreso

Fico em silêncio sem respondê-lo, mas ele pelo jeito não está satisfeito com a minha resposta.

-você se masturbou?-pergunta baixo
-sim e cheguei lá rapidamente, por isso tudo o que eu quero agora é dormir
-e eu?-pergunta na cara de pau e eu me irrito

Levanto da cama, pego o meu celular e me viro pra ele.

-pega seu celular, liga pra mãe do seu filho e se masturba enquanto fala com ela

Saío rapidamente dali e entro no quarto da Madu. Tranco a porta e me jogo na cama irritada comigo mesma por não conseguir controlar o ciúmes que já está me consumindo.

Não consigo controlar as minhas lágrimas, estou frustrada por ele ter me deixado na cama nua e sem terminar o que fazíamos.

Será que vai ser sempre assim? Bastar uma ligação pra ele esquecer completamente de mim?

-amor, por favor, abre a porta, me desculpa-Luan diz do lado de fora enquanto bate na porta e eu apenas consigo chorar ainda mais-eu fui um idiota eu sei, vamos conversar, prometo que não vou mais tocar você, só não me deixa dormir sozinho, fala comigo, não me ignora não

Permaneço em silêncio até finalmente não escutar mais ele batendo na porta.

Durmo depois de um tempo chorando e todos os sonhos que eu comecei a ter antes, sumiram e não me lembro de ter sonhado com nada.

Acordo com uma leve dor de cabeça por ter chorado até dormir e levanto da cama. Saío do quarto abrindo o mínimo possível dos olhos e desço as escadas, encontro o Luan dormindo no sofá. Passo por ele silenciosamente e entro na cozinha.

Pego um copo de água e volta a subir as escadas. Pego um remédio de dor de cabeça que eu havia deixado a alguns dias em uma das gavetas do criado mudo da minha cama e bebo com um pouco de água.

Respiro fundo pra não voltar a me estressar e sigo pro nosso closet. Troco a camiseta do Luan por um short jeans bem colado ao corpo é um cropped. Prendo um pouco do meu cabelo com um lacinho e o resto que não consigo prender fica solto mesmo.

Desço as escadas olhando minhas mensagens e quando chego na sala o Luan já não está mais dormindo, mas continua deitado no sofá.

Pego o telefone fixo e disco os números que sei de cor, do telefone de um restaurante que tem aqui perto de casa e que sempre que dispenso a Dulce e tô com preguiça de cozinhar, peço comida pra mim.

Me sento no sofá oposto do Luan depois de fazer os nossos pedidos e desligar o telefone e volto a prestar atenção no meu celular.

-eu passei meu número pra Priscila pra que ela me ligasse caso precisasse de algo e também pra ela ligar caso algo acontecesse, quando falou o nome dela eu pensei que tinha acontecido alguma coisa com o Bernardo, por isso não hesitei ao atender. Eu sei que eu deveria ter terminado o que estávamos fazendo e depois retornar a ligação mas não consegui controlar, eu pensei mesmo que algo tinha acontecido, me desculpa por isso, me desculpa mesmo
-o que ela queria?-pergunto fingindo não me importar com nada do que ele disse
-amanhã ela vai trabalhar o dia inteiro e não vai poder levar o Bernardo pra mim, ela ligou pra avisar isso e que eu vou ter que buscar ele na casa da mãe dela
-vai conhecer a sogra-sou irônica
-ela não é minha sogra, não tenho nada com ela
-tem sim, um filho
-que você prometeu aceitar
-e vou aceitar e tentar dar todo o meu amor, mas eu não sou obrigada a aceitar ser esquecida no meio de uma transa
-eu já pedi desculpas Mel-ele finalmente se senta no sofá e olha pra mim

Ignoro novamente essa parte e foco na minha conversa com o Alan que está super animado com a volta ao Brasil , claro que o que eu mais gostei disso tudo é que vou ter a minha Bel de volta.

A campainha toca e eu apenas olho pro Luan esperando ele me dizer se está esperando alguém, já que a comida, com certeza não é. Ele ignora meu olhar e volta a se deitar.

-não sou sua empregada não viu-aviso ele que dá de ombros

Deixo meu celular bloqueado no sofá e sigo até a porta, assim que abro me surpreendo e fico alvoroçada por dentro.




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