quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Capítulo 41

-pelo jeito ele não foi instruído pra odiar apenas a mim, mas a todo mundo que te cerca-falo baixo e deito a cabeça em seu ombro
-não entendo porque-ele está indignado
-se ele odiar todo mundo aqui, a Priscila vai prender ele em Minas, não vai deixar você trazer ele e você vai ter que estar sempre lá, perto dela-conto meu ponto de vista
-será?-pergunta duvido
-só um cego pra não ver, ela quer você Luan, eu nem a conheço, mas sei que ela quer você
-mas não vai ter-ele diz firme
-isso é o mínimo que eu espero de você-reviro os olhos mesmo sabendo que ele não pode ver
-pelo menos isso fez a gente descobrir uma coisa boa-ele diz agora sorrindo
-o quê?-pergunto já que não percebi nada
-Bernardo confessou que você é boa e que gosta de você-ele diz e eu sorrio observando o pequeno
-verdade, isso foi muito bom-encho meu peito de ar e solto rapidamente-seria tão mais fácil se ele não tivesse mãe
-toparia cuidar dele?
-sim, claro que eu toparia, mas ele tem mãe e isso não será possível
-posso tentar pegar a guarda dele-Luan diz tranquilo e eu o olho
-tá doido? Já pensou o inferno que essa mulher vai fazer na nossa vida? Fora que ela vai querer vim visitar e eu não aceito ela na minha casa
-tudo bem, isso seria estúpido nesse momento, mas se caso houvesse algo de errado na relação mãe e filho e eu quisesse pegar a guarda dele, você estaria ao meu lado?
-por que tá me perguntando isso? Acha que tem algo errado?-pergunto preocupada, pois eu achei que tinha algo errado, mas pensei que era coisa da minha cabeça
-responde minha pergunta-pede e eu levanto o meu olhar e encaro seu rosto novamente
-ele é só uma criança e merece viver a infância da melhor maneira possível, se por algum acaso houvesse algo de errado, eu com certeza ficaria ao seu lado pra que você pegasse a guarda dele-respondo tranquila
-que bom saber disso-ele sorri
-agora responde a minha pergunta, você acha que tem algo de errado?

Antes que ele respondesse escuto a voz do Amarildo que chega na sala todo contente ao ver o neto recém descoberto.

Apesar de querer continuar a conversa e questionar o Luan, eu não faço, esse não é o lugar pra gente conversar sobre isso, mas com certeza não deixarei essa minha dúvida passar batido.

Luan pega a Maria do colo da Bruna e o Bernardo fica entre as pernas dela conversando timidamente tanto com a minha cunhada como com o meu sogro.

Marizete faz sinal com a cabeça pra mim e se levanta com a desculpa de que vai terminar o jantar. Ofereço ajuda e ela aceita na mesma hora, deixo todos ali e sigo com ela até a cozinha.

-vocês se deram bem?-ela pergunta pegando uma garrafa de água na geladeira
-na verdade ele é um menino incrível, mas ele foi instruído a me odiar
-como?
-quando o Luan nos apresentou, ele ficou acuado, questionei se ele estava com medo de mim e ele disse que sim, pois a mãe dele disso que eu sou má pessoa e que iria fazer mal a ele-conto e minha sogra faz cara de indignada
-não acredito Mel, mas e ai? Como foi o dia?
-eu disse a ele que não sou mal, que só quero o bem dele, fiz lanche do jeito que ele gosta, deixei ele "cuidar" da Maria enquanto ela dormia no sofá, conversei com ele normalmente e ele foi meio que se soltando um pouco comigo
-e ai?
-aconteceu algo bizarro
-o quê?
-eu tava olhando a Madu dormir deitada no sofá e acabei cochilando, acordei com um barulho de algo se quebrando e quando abri os olhos vi que o Bernardo tinha quebrado o meu vaso da sala, mas não foi porque ele quis, ele esbarrou, mas eu nem disse nada e ele começou a se desculpar constantemente, a pedir pra que eu não brigasse com ele, que foi sem querer, eu fiquei literalmente assustada com a reação dele, o medo dele não parecia um medo de mim sabe, no momento me pareceu que ele já tinha feito isso sem querer na casa dele e ele acabou sofrendo consequências pesadas-desabafo baixinho com ela que arregala os olhos-ele ficou muito desesperado Mari, você tinha que ver, perdi as contas de quantas vezes ele me pediu desculpa em míseros segundos
-o que você fez?
-eu dei a Madu, que começou a chorar, pro Luan e me aproximei dele, perguntei se ele tinha se machucado e ele me mostrou um cortinho superficial no pé, peguei ele no colo mesmo ele estando com medo de mim e sentei ele no sofá, limpei o machucado com todo o meu carinho e coloquei um band aid pra parar de sangrar, ele ficou tão aliviado quando viu que eu não iria brigar com ele, que na verdade eu não tava preocupada com o vaso e sim com ele, que ele até de esqueceu que estava com medo de mim
-ai Mel, será que a mãe o maltrata?-ela pergunta preocupada
-não sei Mari, não posso afirmar nada e também nem quis dizer essas coisas pro Luan, só tô te dizendo porque confio em você-sou sincera-eu conheço o Bernardo a poucas horas, mas eu sinto que algo está errado
-ele tava com medo de mim? Por isso estava grudado em ti?
-sim, ele disse pra gente que a mãe dele falou que vocês são do mal e não iriam tratar ele bem por minha causa-conto e o olhar dela de preocupação passou para fúria
-eu nem conheço a mãe desse menino, mas já tenho raiva de sobra por aqui-ela me faz rir
-então somos duas-dou de ombros

Conversamos mais um pouco e ela realmente mexeu no jantar, apesar da gente ter vindo cedo, ela não se importou e começou a cozinhar pra gente.

Ajudei ela com algumas coisas, mas logo fui expulsa da cozinha e sigo até o Luan que brinca com a Madu. Bernardo já está mais que envolvido com a Bruna e o Amarildo, fala sem parar e agora se diverti com um carinho que alguém deu a ele.

-tudo bem?-Luan pergunta assim que sento ao seu lado
-sim, sua mãe só queria saber como estamos nos saindo
-estariamos melhor se não fosse as minhocas que colocaram na cabeça dele, mas tudo bem
-tava tudo fácil demais

Passamos a noite toda ali e o Bernardo se soltou bastante com todo mundo, se divertindo com os avós e com a Bruna.

Minha filha ciumenta que só chorou ao ver que só eu e o Luan estava pegando ela no colo, isso nos causou risadas e mimos vindo dos avós e da Dinda.

Chegamos em casa já se passava das 10 da noite, Bernardo já dormia no banco de trás do carro e a minha filha no bebê conforto.

-deixa que eu levo ele-Luan abre a porta de trás, me dá a minha filha e se estica pra pegar o Bernardo
-vou abrindo a casa-aviso e saío em direção a porta de trás de casa

Vou abrindo caminho e deixo a porta do fundo só encostada. Subo as escadas levando minha filha e primeiro entro no quarto dela.

Ao mexer nela pra tirá-la do bebê conforto, ela acorda chorando. Pego ela rapidamente e nino até que ela dorme de novo.

Coloco ela no berço, verifico sua fralda e após conferir que ainda está vazia, já que eu havia colocado a poucos minutos, sigo pro meu quarto.

Jogo a minha sandália longe, tiro a minha roupa e entro no banheiro pra um tomar um banho antes de dormir. Estava quase terminando quando o Luan aparece no banheiro e senta na tampa do vaso.

-demorou-faço careta
-fui colocar o Bernardo na cama e ele acordou, tive que ficar lá até ele dormir de novo, como havíamos combinado-dá de ombros
-entendi-dou um sorriso fraco, sem muita vontade de sorrir
-amor do céu-ele diz depois de alguns minutos em silêncio
-que foi?-pergunto inocente
-cê é linda demais, dou conta não-apoia o cotovelo na coxa e o rosto na mão
-dá conta sim, bobo-sorrio feliz com o elogio
-já vi mulher bonita, mas você apela-ele recita sua música e eu apenas tombo a cabeça de lado encarando ele
-o que vai fazer com o Bernardo amanhã?
-vou levar ele no Dudu, os guri vão tudo pra lá pra gente queimar uma carne enquanto escreve umas modas
-vai apresentá-lo como seu filho?
-que bom que perguntou, precisamos falar sobre isso
-pode falar-dou de ombros
-me viram com ele hoje no aeroporto, perguntaram um monte de vez sobre quem era ele e eu apenas ignorei essas perguntas e fingi que não tinha escutado, mas acho que não vai dar pra segurar por muito tempo-ele alisa a barba insistentemente-você disse que iríamos arrumar uma explicação boa em relação a tudo e eu queria conversar sobre isso, sobre o que vamos falar
-hum-resmungo, jogo mais uma água no corpo e desligo o registro-podemos dizer que em certo momento do nosso namoro anos atrás a gente acabou se perdendo um pouco e isso resultou a uma separação, porém não tínhamos certeza se a separação ia durar, por isso não divulgamos nada na mídia, preferimos ver o que iríamos resolver primeiro e que no meio dessa separação em uma noite de solidão você acabou conhecendo uma pessoa e só agora descobriu que aquela noite rendeu frutos-dou de ombros desconfortável com o assunto

Pego uma toalha e enxugo meu corpo, Luan que me encarava me puxa pela cintura e me faz sentar em seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo.

-que foi?-passo os braços pelo seu pescoço
-tem certeza que tá tudo certo?
-não tenho certeza-sou sincera-mas eu prometi tentar, prometi estar aqui e é o que estou fazendo-dou de ombros e sinto sua mão procurando a barra da toalha
-posso mesmo anunciar que o Bernardo é meu filho?
-sim, eu nunca respondo a mídia mesmo, faça tudo isso e se caso precisar eu confirmo a história
-você é incrível-ele tira a toalha do meu corpo
-sou?-pergunto só pra ouvir sua afirmativa
-você é-sua mão esquerda me segura e a direita sobe até meus seios e desce até o meio das minhas pernas
-faz amor comigo então-peço me aproximando pra beija-lo
-claro que faço-ele se levanta comigo grudada em seu corpo e me leva pra cama
-fecha a porta, vai que o Bernardo aparece-mando ao sentir sua boca em meu seio

Luan se levanta e vai pra porta, me sinto um pouco constrangida por estar ali, nua o esperando, mas ele é o meu marido, não á motivos pra constrangimento.

Ele tranca a porta e volta a se aproximar de mim com um sorriso bobo no rosto.

Me ajeito na cama e fico a espera do Luan, que primeiramente tira a roupa ficando apenas de cueca e volta a se deitar sobre mim.

Sua boca sobe até minha testa e ele deixa um beijo carinhoso ali. Gosto quando ele beija a minha testa, é um sinal de respeito e é muito bom saber que ele me respeita.

Me remexo embaixo dele e o mesmo desce seus lábios até meus seios. Sua língua passeia pelo meu mamilo de forma delicada. Ele não suga, nem mordisca, nem nada do tipo, apenas faz carícia com a sua língua. Ele brinca dessa maneira com os meus mamilos e eu apenas agarro seu cabelo com certa força fazendo ele se afastar.

-que foi?-ele pergunta ofegante e eu não consigo responder, apenas guio sua cabeça pra descer e ele faz sem reclamar

Sua língua passeia pelo meu corpo até chegar ao meio das minhas pernas.

Ele toca meu clitóris e desce até meus grandes lábios, meu corpo começa a tremer em suas mãos, mas dessa vez não é de medo, é prazer, é desejo.

Seus dedos se juntam a sua língua e sinto dois deles em minha entrada. Luan não recua, nem mesmo quando puxo seu cabelo com toda força do mundo.

Agarro os lençóis da cama ao perceber que tudo o que posso fazer é sentir a sensação que ele está me causando.

Luan continua e consegue me deixar ainda mais excitada do que eu estava. Imploro pra ele parar que estou quase, mas ele ignora o meu pedido e continua a mover seus dedos pra dentro e pra fora em minha entrada e a chupar o meu clitóris.

Volto a me remexer ao sentir meu orgasmo chegando e me sento na cama gemendo alto quando finalmente meu relaxamento chega e gozo em seus dedos.

Luan me encara enquanto me lambe por completo e torna a subir sua boca até meus seios e em seguida até minha boca.

Nos beijamos deliciosamente e subo minha perna roçando na sua. Quando chego em seu quadril o afasto um pouco e toco seu membro coberto pela cueca.

-anda, vai que o Bernardo ou a Maria acorda-imploro por mais

Ele ri baixinho e se afasta, ficando de pé na minha frente, tira a cueca e me mostra o quanto ele está pronto.

-vou ter que tomar outro banho-dou risada do seu jeitinho quando se deita sobre mim e começa a se encaixar
-tá mesmo preocupada com isso?
-não, nem um pouco-digo baixo sentindo ele se encaixar por completo em mim

(...)



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♥️♥️♥️

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